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04/10/99
AKIO MORITA: DE MODESTO TÉCNICO ELETRÔNICO A INVENTOR DO ''WALKMAN''
AFP

Akio MoritaO co-fundador do grupo japonês Sony, Akio Morita, falecido neste domingo, transformou uma pequena oficina de conserto de rádios num verdadeiro gigante da eletrônica mundial, símbolo da emergente economia japonesa. Filho de um destilador de saquê, Morita nasceu em Nagoya, em 1921. Entre as ruínas do pós-guerra, criou, com um grupo de amigos - entre ele seu mentor Masaru Ibuka - uma pequena empresa montada em um antigo armazém incendiado. Com 500 dólares no bolso e alguma ajuda do pai, o grupo começou a produzir panelas de pressão para cozinhar arroz. Foi um fracasso total.

Morita e Ibuka passaram a sobreviver, então, do conserto de velhos aparelhos de rádio. Segundo a lenda, Ibuka viu seu primeiro gravador no escritório das forças norte-americanas de ocupação. Foi quando surgiu a idéia que fez, dois anos mais tarde, nascer o primeiro gravador japonês. Graças a um acordo de licença para transistores com a firma norte-americana Western Electric, Morita apresenta, em 1957, o primeiro rádio portátil.

Em 1958, Morita sugere o nome de Sony, inspirado etimologicamente no latim "sonus" (som) e no inglês "sunny" (ensolarado) para sustituir o nome original da firma, Tokyo Telecommunications Engineering. Apesar de um certo atraso no âmbito dos televisores, a Sony passou a impôr seus aparelhos portáveis e em cores desde 1968.Com a passagem dos anos, o gravador - os primeiros pesavam 50 kg - evoluiu até a chegada triunfal, em 1978, do famoso "walkman".

"Jamais gostei do termo walkman, mas estava viajando na época em que foi escolhido e me parece que ele foi aceito por todo mundo", comentou Morita em sua autobiografia. Hoje, mais de 240 milhões de "walkman" circulam em todo o mundo. Morita foi o diretor geral da Sony a partir de 1971, e depois presidente da companhia desde 1976. Falava fluentemente o inglês, algo incomum em sua geração. Morita viveu dois anos nos Estados Unidos (1963-64) para conhecer melhor o mercado local. Jamais gostou da acusação de que o Japão queria conquistar o mundo: "Nós não invadimos, simplesmente levamos para lá o que as pessoas queriam comprar", dizia, sorridente.

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