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05/01/2000
INTERNET 2000: MÓVEL E VELOZ
Agência RBS

A Internet brasileira inicia o ano 2000 com novos horizontes. As conexões de alta velocidade, proporcionadas por cable modem e linhas DSL (Digital Subscriber Lines) estrearam no país no final do ano passado e prometem se espalhar por todas as regiões durante este ano. Além da popularização do cable modem no Brasil, a rede mundial de computadores apresentará evoluções importantes durante o ano, como avanço do acesso por meio de redes sem fio, conhecidas como wireless. As principais empresas de tecnologia do mundo estão investindo para que a Internet esteja cada vez mais longe dos micros e mais perto do usuário.

A rede vem pelo cabo

O cable modem, tecnologia que permite acesso à Internet por meio da mesma estrutura de cabos utilizada pela televisão por assinatura, já não é uma miragem para os brasileiros. Depois de um longo período de estudos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulamentou o serviço no país. De acordo com a legislação brasileira, as operadoras de cabo deverão alugar a infra-estrutura para que os provedores Internet ofereçam o serviço. Por essa razão, algumas regiões como São Paulo e Brasília já não precisam esperar pela conexão, que está permanentemente disponível, e podem navegar a velocidades até cem vezes superiores às do acesso telefônico.

O serviço ainda é caro, restrito aos que podem pagar em torno de R$ 650 pelo modem e uma mensalidade próxima a R$ 100 (além da mensalidade da televisão por assinatura).

A Terra tem planos de instalar em torno de 700 cable modems ao mês e espera chegar ao final do ano com 20 mil usuários de cada uma das tecnologias de cabo e DSL no país.

No Brasil, além da Globocabo, que oferece o Virtua, também a TVA atua no setor, inclusive fornecendo o serviço antes ainda da regulamentação. Aproveitando-se de uma brecha na legislação, lançou o serviço em São Paulo meses antes da Globocabo e fechou o ano com 50 mil usuários.

A rede corta o fio

A movimentação das grandes empresas de tecnologia em 1999 não deixa dúvidas. A Internet vai estar ao alcance dos milhões de telefones celulares em uso em todo o mundo. No ano passado, a Motorola e a Cisco deram início aos trabalhos para a criação de um padrão de acesso à Internet a partir de redes sem fio, em um investimento de US$ 1 bilhão para cinco anos.

Outras empresas norte-americanas como Sprint, Nextel e AirTouch aderiram à iniciativa. Ao mesmo tempo, a Microsoft, que detém mais de 90% do mercado de sistemas operacionais para desktops, fechou um acordo com a British Telecoms para desenvolver um browser destinado a telefones celulares.

Nos Estados Unidos, usuários de telefones móveis já começam a utilizar os aparelhos para acessar a Internet. O serviço ainda é lento, caro e restrito a informações curtas, como cotações, previsão do tempo e programação cultural, mas a tendência é de que seja ampliado e que a velocidade, hoje de 14,4 Kbps, aumente.

O número de sites voltados para a Internet sem fio é pequeno, em torno de cem nos Estados Unidos, mas a situação deve se alterar ao longo desse ano. Os grandes portais norte-americanos estão providenciando novidades na área. Ninguém quer perder a oportunidade de explorar um mercado que, em 2005, deverá ter 1 bilhão de usuários de celulares e 1 bilhão de internautas, conforme previsões da Motorola, que hoje assegura haver 200 milhões de celulares e 200 milhões de internautas.

DSL ganha terreno

O cable modem não é a única tecnologia capaz de proporcionar acesso rápido à Internet. A Digital Subscriber Line (DSL), que transforma linhas telefônicas em vias de alta velocidade para o tráfego de informações na rede, também vem sendo oferecida em algumas cidades brasileiras pelos maiores provedores de acesso à Internet. Para desfrutar do serviço, é necessário que as operadoras de telefonia instalem modems especiais em suas centrais telefônicas e nas casas dos usuários. Como o cable modem, a conexão também fica disponível o tempo todo.

A tecnologia está ganhando adeptos em todo mundo, mais rapidamente do que no Brasil. De acordo com a International Data Corporation (IDC), mais de 27,3 milhões de pessoas ao redor do globo usarão conexões DSL em 2003. Em 1998, havia apenas 70 mil usuários. Especialistas acreditam que a DSL vai crescer com maior velocidade que o cable modem porque é mais fácil para as operadoras de telefonia adaptar sua estrutura à DSL do que para as operadoras de cabo montar a infra-estrutura ou atualizar a existente.

Em função disso, o IDC acredita que, nos Estados Unidos, cerca de 13% das conexões de Internet domésticas serão DSL em dois anos. As pequenas empresas, que hoje ocupam 60 mil linhas, serão os principais clientes da tecnologia nos Estados Unidos nos próximos anos. A previsão é de que até 2003 estejam ocupando quase 2,5 milhões de conexões, ou quase 20% das linhas DSL no país.

Cada vez mais longe do PC

Não estranhe se dentro de alguns anos a sua casa estiver cheia de dispositivos para acesso à Internet. Esse é o objetivo de empresas como a Microsoft e a Intel que trabalham para colocar a Internet em fornos microondas, geladeiras e televisões. Os primeiros produtos com estas características foram apresentados durante o ano de 1999, quando a ICL, fabricante das geladeiras com a marca Frigidaire, mostrou o seu refrigerador com tela de cristal líquido, leitor de código de barras e modem. Com o eletrodoméstico é possível fazer compras na Internet, pagar contas, assistir televisão e enviar correio eletrônico.

No Reino Unido, a NCR desenvolveu o microondas Microwave Bank, que permite também realizar transações bancárias. É o início da era pós-PC. De acordo com o IDC, enquanto 94% dos acessos à Internet são feitos hoje a partir de PCs, em 2002 este percentual cairá para 64%.

VELOCIDADE
EM CHAT 3D

O acesso à Internet em alta velocidade proporcionado pelo cable modem está permitindo o surgimento de serviços mais sofisticados para os internautas. Um bom exemplo é o novo site de chat em 3D, do provedor Ajato, da TVA. O lançamento desse chat só foi possível porque a transmissão de dados via cabo é cem vezes mais rápida que a convencional, via modem. O usuário recebe imagens e som com definições similares à da televisão, em velocidade de 256 Kbps (kilobits por segundo), o que corresponde a 16 páginas completas de texto por segundo.

OUTRAS
UTILIDADES

A Terceira Geração de Telefonia Móvel (3G) será caracterizada pelos equipamentos de infra-estrutura e telefones móveis com capacidade de fornecer serviços de comunicação de dados. A Ericsson já está desenvolvendo equipamentos que permitirão acessar a Internet, receber a lista de compras da geladeira de casa, ouvir os e-mails pelo alto-falante do carro, ligar as luzes de casa, abrir o portão eletrônico pelo telefone ou baixar músicas no formato MP3 da Internet, entre outras funções. O modelo permite a localização via satélite e o comando por voz. A tela LCD vem embutida, tornando o aparelho ainda menor.

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