O impossível acontece em Um Lugar Chamado Notting Hill
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A obsessão pela vida privada das celebridades de Hollywood encontra uma deliciosa sublimação na comédia romântica Notting Hill, um dos grandes sucessos do verão americano. No roteiro ágil e divertido bolado por Richard Curtis, o mesmo de Quatro Casamentos e um Funeral, a maior estrela de cinema do mundo, Anna Scott (Julia Roberts), desce de um Olimpo poluído por super-exposição e fofocas para cair de amores pelo prosaico dono de uma livraria no bairro londrino de Notting Hill, William Thacker (Hugh Grant).
 A principal qualidade de William Thacker é...bem, você vai ter que descobrir o que Anna viu nele. |
Um fracasso no amor, nos negócios e até na vida doméstica, que divide com um inquilino completamente idiota e hilário, Spike (Rhys Ifans), William assiste à deusa entrar em sua livraria, comprar um livro e sair para nunca mais voltar. Como é também um rematado desajeitado, acaba derrubando suco de laranja sobre a moça na rua, minutos depois. O convite para ir até sua casa, um antro de bagunça sem nenhum glamour, é o ponto de partida para um romance inverossímil, atrapalhado pela perseguição infernal dos paparazzi. Não faltam sátiras aos relacionamentos tortuosos, imagens fabricadas e repórteres infames que povoam a vida das celebridades.
O filme custou US$ 42 milhões, dos quais US$ 15 milhões foram direto para o bolso de Julia, exatamente a quantia que a personagem revela candidamente a um desavisado amigo de William, que nunca tinha ouvido falar na estrela. Bastante à vontade no papel (por que será?), Julia está luminosa, mas deu um pouco de trabalho ao diretor, Roger Michell, insatisfeita com diálogos e situações do roteiro. Chiliques reais contornados, Michell não tem do que reclamar. O filme faturou mais de US$ 100 milhões e é um dos maiores sucessos do cinema britânico nos últimos tempos.
(Cássia Borsero)
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 Direto do site oficial |
 Livros recomendados Notting Hill, de Richard Curtis, 1998. |
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